segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Uma espécie de Robot.

"Naquele dia ela tinha expectativas elevadas, julgava que seria diferente, e conseguiria ver a sua vontade respeitada.
Não queria, só que faltava-lhe a coragem para dizer "Não!" e assim era impossível alguém suspeitar que estava a seguir um caminho que não queria, apenas por receio de perder o que nunca teve e nunca terá.
De um lado está a ilusão da recompensa por uma vida na sombra. Do outro, a certeza de que nunca terá uma identidade própria, sendo sempre associada à pessoa que a programa, como se faz a um robot. E se não funcionar correctamente, há sempre a possibilidade de uma pancada ou duas, para activar as ligações que possam estar inactivas, ou menos produtivas.
Porém, não é de um robot que falamos, mas sim de uma pessoa com sentimentos, que tem medo de lutar, de denunciar, de se afirmar num mundo cruel.
Ela não é a única. É mais uma. E vai continuar a ser." (Iesu, Janeiro 2010)

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